Em mais uma iniciativa da Pastoral Educativa, alunos do 9º ano estão fazendo visitas à ‘Fazenda da Esperança’. Localizada no km 3 da GO 462, a Fazenda Santa Rita é uma unidade feminina da comunidade terapêutica que abriga acolhidas em situação de vulnerabilidade social e econômica, histórico de abuso sexual, famílias disfuncionais, dependência química e comportamento compulsivo (comida, jogo, sexo, etc).
Além do abrigo, a fazenda possui uma extensa área com um pequeno rio, pés de fruta, flores e uma capela, além de uma sala e um refeitório.
Ao receber os alunos, a jornalista e administradora da ‘Fazenda da Esperança’, Fátima Roriz, apresentou o local e falou sobre o projeto e seu objetivo social, destacando a necessidade de se prevenir comportamentos que são facilitados na adolescência e que tendem a ser nocivos a longo prazo.
Na oportunidade, duas acolhidas fizeram uso da palavra e emocionaram os alunos contando suas próprias histórias que envolvem extrema vulnerabilidade, o reconhecimento da necessidade de buscar ajuda e a relutância por resistir, mais um dia, sem comportamentos destrutivos para sobreviver com dignidade e honestidade, com o intuito de resgatar a própria identidade.
Mais sobre a ‘Fazenda da Esperança’
A ‘Fazenda da Esperança’ é uma comunidade terapêutica que nasceu há 44 anos, em Guaratinguetá – SP. Atualmente, há unidades em todos os estados brasileiros e estas são separadas por sexo (feminino e masculino), e o método de acolhimento é a manifestação do livre arbítrio: “A pretensa acolhida escreve uma carta de próprio punho falando sobre seu desejo de pertencer ao projeto. Em seguida, ela recebe uma carta-resposta com as regras do recinto (não pode fumar, não pode receber visitas íntimas, entre outras normas de convívio social)”, explica Fátima Roriz.
À frente da comunidade há 26 anos, Fátima esclarece que a acolhida, ao concordar com os termos do projeto, pode permanecer na ‘Fazenda da Esperança’ por até um ano, prazo em que vai conviver com pessoas que também tiveram problemas parecidos e que também precisa superá-los. Ao final, a acolhida retorna para casa, visto que a manutenção da sobriedade depende muito do comportamento da pessoa no ambiente em que vive.
Para ela, essa é uma rica oportunidade de aprender o verdadeiro significado da palavra amar: “Muitas vezes a família e o amor para essa pessoa são referências destruídas, como nos casos de abuso sexual. A busca, aqui, é pela ressignificação e reconstrução de uma trajetória que foi desvirtuada”, defende.
‘Fazenda da Esperança’: projeto de abrangência intercontinental
O projeto ‘Fazenda Esperança’ tem, atualmente, cerca de 5.000 acolhidos e é intercontinental. Presente em 25 países, é uma obra apostólica, ou seja, aprovada pelo Vaticano.
